Falta de água se agrava e afeta moradores de Taboão, Embu e Itapecerica da Serra

A crise no abastecimento de água voltou a preocupar moradores de Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica da Serra. Desde o fim de semana, dezenas de bairros enfrentam torneiras secas ou baixa pressão, obrigando famílias a racionar o uso da água até para atividades básicas do dia a dia.


Com reservatórios em baixa histórica o temor do agravamento da falta de água é real.


"Estamos há mais de dois dias sem uma gota de água. Precisei buscar baldes na casa da minha mãe e comprar água para conseguir cozinhar e lavar a louça”, contou Maria das Graças moradora do Saint Moritz.

No Parque Pirajussara, no Embu a a situação é semelhante. “A água chega fraca de madrugada e some logo cedo. É um sufoco, principalmente para quem tem criança pequena em casa”, relatou Anderson Lima, que diz ter improvisado um sistema de armazenamento com caixas e baldes.

A situação é a mesma em Itapecerica da Serra onde os moradores afirmam que a água tem chegado com pouca pressão. “Quando abre a torneira, só escuta o barulho do ar. A gente fica sem saber quando vai voltar. É revoltante”, desabafou Ana Paula Santos, dona de casa.

Reservatórios em níveis críticos

Segundo a Sabesp, os principais reservatórios que abastecem a Grande São Paulo estão operando abaixo do nível normal, reflexo da estiagem prolongada e das chuvas abaixo da média nos últimos meses. A situação afeta diretamente o sistema Alto Tietê e a Represa Guarapiranga, que abastecem as cidades da região sudoeste.

O governo do Estado de São Paulo reforçou o pedido para que a população colabore. “O uso consciente da água é essencial neste momento. Cada economia individual contribui para evitar medidas mais drásticas, como o rodízio de abastecimento”, informou o comunicado oficial.

“Sem água não dá pra manter a higiene direito. A gente tenta economizar, mas chega uma hora que não tem mais o que fazer”, relatou Eliane Rocha, moradora do Jardim Santa Tereza.

A recomendação do governo e da Sabesp é clara: economizar e evitar qualquer tipo de desperdício. Mas, é fato que a crise atual reforça a urgência de políticas públicas de preservação hídrica e de investimentos em infraestrutura para garantir o fornecimento regular de água à população da região.

Da Redação do Jornal na Net

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